sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dançaterapia


                                                          
O interesse demonstrado em explorar este assunto surgiu de forma simples: a vontade de trabalhar a dança - um instrumento tão rico- na psicologia. Aliado a isso, a descoberta da visão nietzscheana (século XIX) a respeito das artes me trouxe grande entusiasmo, mostrando que a arte é a melhor maneira dos homens externarem o que sentem.
A partir de estudos baseados na Tragédia (como eram conhecidas as peças teatrais que tratavam de assuntos cotidianos dos helenos), Nietzsche demonstrou a importância que teve a arte trágica no auge da civilização grega. Além disso, ele critica o pensamento socrático, que desqualificava a arte por ser fruto de uma criação inconsciente, como responsável pela decadência grega.
Com base na teoria junguiana, a dançaterapia tem a intenção de reverter a divisão entre mente e corpo e para isso, trabalha a imagem corporal do indivíduo como um todo: o sentimento é o motivador, a mente tem a função de organizar e o corpo é o reflexo das sensações e emoções. Os movimentos são trabalhados de forma livre, explorando a criatividade do paciente, o que proporciona uma comunicação entre este e o terapeuta.
A dançaterapia é também considerada uma terapia de prevenção que pode ser aplicada à todas as idades, em variados processos de intervenção. O grande intuito é melhorar a qualidade de vida, estimular a auto-estima e o crescimento pessoal.
A dança - manifestação corporal inconsciente- passa então, a ter grande valor para o sucesso de um tratamento. Vale lembrar que isso não se aplica a todos os casos, uma vez que, para um tratamento ter êxito é preciso entender a linguagem do paciente.


Até a próxima...

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